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Pelo fim de “Thor: Amor e Trovão” já sabíamos que o deus do trovão retornaria, mas a novidade é que a sequência, “Thor 5”, já está em desenvolvimento e pretende trazer um vilão ainda pior e mais poderoso que a deusa da morte, Hela, vilã do terceiro filme da franquia, “Thor: Ragnarok”.

Segundo o Screen Rant, o diretor Taika Waititi (Ragnarok e Amor e Trovão) contou em entrevista apresentada no livro Thor: Love and Thunder The Official Movie Special que o quinto filme já está em desenvolvimento. De acordo com Waititi, a próxima história deve “continuar com a evolução do personagem” e dar a ele “coisas para virem contra ele que pareçam que estão criando obstáculos que ele tem que superar.” Um desses obstáculos seria um vilão mais forte que Hela, “de alguma forma mais formidável”, nas palavras do diretor.

“O que mais tem pra fazer com ele? Ser´pa algo que pareça que está continuando com a evlução do personagem, mas ainda um jeito muito divertido e ainda dando obstáculos para ele superar. Eu não acho que podemos ter um vilão mais fraco que Hela. Eu sinto que precisamos evoluir dali e colocar um vilão que é de alguma forma mais formidável”.

O diretor também disse que tem um aspecto que ele acha que é mais verdadeiros pra Thor que pra qualquer outro personagem do MCU, que é “a mitologia que originou ele”. Waititi acha que colocar Thor contra “mais e mais bestas, monstro e aliens estranhos e doidos” enquanto ele continua no MCU permanece fiel ao Thor dos quadrinhos e da sua origem mitológica.

Juntando a origem mitológica com o próprio estilo do diretor, Waititi acha que Thor é a franquia do MCU que realmente “se consolida na direção de criaturas e alienígenas grandes, inventivos e coloridos e coisas de mundos diferentes.” O diretor acha que o aspecto de exploração que vem com Thor é importante, já que o herói viajou por diversos mundos pelo fato de “Thor ser tão velho”. É por isso que Waititi acha que Thor enfrentando grandes vilões no MCU e possivelmente em Thor 5 não afeta ele, “Eu não acho que ele fica tão surpreso quando vê essas coisas.”

Por fim, Waititi acha que as qualidades únicas de Thor o fazem um personagem mais interessante para aventuras espaciais que os personagens humanos do MCU, “Então, tem um elemento divertido nele e ele tem uma casualidade e um tipo de arrogância nele quando ele visita esses mundos e encontra esses alienígenas que eu acho que você não tem quando é um terráqueo pelo espaço explorando o universo.”



Todos os anos, o CHB planeja algum projeto de aniversário envolvendo os fãs para comemorar o aniversário de Chris Hemsworth, que este ano completa 40 anos no dia 11 de Agosto. Porém, já que Chris estará completando 4 décadas, achamos que nosso projeto deveria ser maior e mais relevante desta vez. Nosso presente para o Chris também será um presente pro mundo! Vamos presenteá-lo com o reflorestamento da Amazônia! Não entendeu? Vamos explicar melhor.

Sem dúvida Chris Hemsworth sempre foi um exemplo para nós fãs em muitos aspectos, mas, dessa vez, queremos ressaltar um: seu ativismo ambiental. Seja ajudando a recolher lixo das praias, acompanhando ONGs de sustentabilidade marinha, fazendo documentários sobre animais em perigo ou usando sua voz para chamar a atenção para alguma outra questão ambiental, Chris sempre nos lembra de cuidar da nossa casa.

No ano passado – durante a campanha eleitoral –, após os índices de desmatamento da Amazônia terem atingidos números recordes nos últimos anos, Chris Hemsworth usou sua voz para chamar a atenção dos eleitores brasileiros para votarem em defesa da Amazônia na campanha #NemTodoHeróiUsaCapa – promovida pelo Mídia Ninja –, que também teve a participação do CHB e outros fã sites.

Sendo assim, nosso projeto de aniversário desse ano tem esse foco: honrar Chris Hemsworth e seus esforços ambientais, além de também cuidar das nossas florestas.

Trees 4 Chris

O Trees 4 Chris (Árvores para Chris em português) é um projeto idealizado pelo CHB para arrecadação de doações para o plantio de árvores em regiões desmatadas da Amazônia, feito em parceria com a ONG internacional One Tree Planted. A OTP arrecada recursos e apoia outras ONGs e projetos de reflorestamento ao redor do mundo e, atualmente, atua em 80 países em 4 continentes: América do Norte, América Latina, África, Ásia e Europa. Até o momento, a One Tree Planted – iniciada em 2014 – já plantou cerca de 100 milhões de árvores ao redor do mundo.

Porque isso é relevante?

O reflorestamento da Amazônia é importante porque a floresta amazônica é a principal responsável pelas chuvas na América do Sul. Além disso, ela tem papel central no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas.

Como Doar

Para doar é simples e pode ser feito em qualquer moeda, em qualquer valor.

  • Acesse a página de doação CLICANDO AQUI
  • Selecione “One-time” para fazer a doação 1 vez
  • Escolha um valor pré-estabelecido ou insira outro no espaço abaixo. Importante: serão acrescidos R$ 1,40 no valor total pela manutenção da plataforma.
  • Complete seus dados
  • Em “Where do you want your trees planted” escolha a opção “Latin America”
  • Se você quiser, deixe uma mensagem de aniversário para o Chris!
  • Efetue o pagamento por PayPal ou cartão de crédito

Oficialmente, a campanha termina no aniversário de Chris, dia 11 de Agosto. No entanto o link de arrecadação continuará online e pode receber doações mesmo depois desse período!

Contamos com vocês!

Para que o projeto Trees 4 Chris dê certo precisamos da ajuda de todo mundo! Dessa forma, você pode contribuir doando e/ou compartilhando o link da campanha com seus amigos, família ou divulgando em suas redes sociais, por exemplo.



Fonte: GQ
Tradução e adaptação: Equipe CHBR

“Acho que era aqui que eu morava”, diz Chris Hemsworth, diminuindo a velocidade do carro alugado e espiando pela janela. “Sim, é isso mesmo”. À nossa direita está uma avenida ladeada de pinheiros que deságua no oceano, e em algum lugar ao longo da rua está o minúsculo apartamento de um quarto que Hemsworth chamou de lar quando tinha 19 anos. É uma rua legal, no belo subúrbio de Mona Vale, em uma parte de Sydney chamada de Northern Beaches, porque você chega aqui dirigindo para cima e para fora da cidade por cerca de 45 minutos. A antiga rua de Hemsworth chama-se Seabeach Avenue; ela corre perpendicular a outra conhecida como Surfview Road, por causa de sua visão das ondas. Aqui tudo é simples.

Mona Vale está cheia de recordações. Durante três anos – e mais de 100 episódios da novela australiana Home and Away, onde Hemsworth estreou como ator e que foi filmado a poucas praias de distância – foi o seu mundo inteiro. Faz quase uma década desde a última vez que ele esteve no bairro e, embora costumava dirigir por esse caminho o tempo todo, hoje em dia não está tão fresco em sua mente. “Você acha que um acidente de carro seria legal para a história?”, Hemsworth ri, logo após navegar por uma série de mudanças de pista bizantinas e cruzar a Sydney Harbour Bridge. “Ou uma perseguição de carro?”.

Hemsworth vive em Byron Bay, uma região idílica na costa norte de Nova Gales do Sul, desde 2015. Voltamos a Mona Vale esta tarde para ver um homem sobre uma prancha de surfe. Hemsworth e eu estamos tendo uma sessão de design particular com Hayden Cox, o shaper australiano cujas pranchas Haydenshapes de alto desempenho são amadas por profissionais e celebridades. No caminho, Cox nos pede para enviar uma mensagem de texto com algumas ideias para que seu aerógrafo possa preparar as tintas. “Vamos lá, tipo, muita cor”, Hemsworth me dita enquanto dirige. “Viagem de cogumelo, inchaço ácido, vibração dos anos 70”. Quando chegamos, Hemsworth é presenteado com um bufê de flúor. “Todos eles!”.

Cox nos recebe em seu estúdio, um labirinto descontraído coberto por uma camada tão espessa de pó de espuma que toda vez que nos movemos, uma nuvem branca paira no ar como neve. “Cuidado com a cabeça”, diz Cox, enquanto nos abaixamos sob o batente de uma porta baixa. Uma placa que Cox acabou de fazer, com o nome de Michael Bublé, está encostada na parede. Cox e Hemsworth se conhecem desde que ambos tinham 19 anos, desperdiçando suas manhãs em Mona Vale caçando a onda perfeita. Hemsworth é um bom surfista? “Sim, ele é um craque”, Cox sorri. Hemsworth finge indiferença, mas está claramente encantado.

As pranchas de surf de Cox começam por ser blocos de espuma de poliuretano antes de serem lixadas, ou “moldadas”, e cobertas com resina. Cox preparou um núcleo que tem o comprimento de uma cama king-size. Hemsworth acha que pode ser muito grande. “Mas, você sabe, eu posso surfar em uma onda maior”, ele oferece, educadamente. Cox entrega a ele uma lixa para trabalhar nas ranhuras restantes. Hemsworth alinha seus movimentos em movimentos longos e suaves, inclinando-se cuidadosamente para que sua linha de visão fique paralela à curva do quadro. “Continue!”, Cox o repreende. “As linhas ainda não acabaram!”.

Neste ponto, estamos conversando há horas e muito disso tem sido sobre pranchas de surf. Twinnies, shortboards, grovellers, rail line rockers, quads traseiros. (Uma observação: eu não surfo. “Agora você surfa”, Hemsworth me diz). “Sempre adorei surfar”, diz Hemsworth. “É uma das poucas coisas que prende minha atenção completamente e em sua totalidade”. Quando ele não está perto da água, ele se sente desmotivado. No meio da produção de seu último filme, Extraction 2, em Praga, ele começou a voar para Hossegor, no sudoeste da França, para surfar em fins de semana alternados. “Isso me ajudou”, diz ele. E é melhor você acreditar que o surf em casa em Byron Bay é épico. Sempre que Hemsworth não está lá – quando está trabalhando, quando está em turnês de divulgação, mesmo quando sai de férias – ele se pergunta: por que ele foi embora?

“Há uma limpeza sempre que entro na água. Se estou tendo algum tipo de conflito interno ou turbulência, é o único lugar para onde vou”. Hemsworth inspira. “Há um sentimento de começar de novo”.

Hemsworth tem surfado muito ultimamente. “Estou aproveitando o tempo de inatividade”, explica ele. (Mais tarde, ele tem outra palavra para isso: “desempregado”). Foram “10 anos ocupados”, ele diz, subestimando as coisas: oito mega-sucessos de bilheteria da Marvel, um punhado de outras franquias e uma série documental recente da National Geographic chamada Limitless, que evoluiu para uma meditação de seis episódios sobre o sentido da vida. Hemsworth precisava de uma pausa. Desde novembro ele está estacionado em casa, alternando entre surfar, levar os filhos para a escola e levar os filhos para surfar, até que simplesmente não conseguiu mais surfar e teve que ficar quieto com seus pensamentos.

Sentar-se com seus pensamentos é algo que Hemsworth tentou evitar ativamente no passado; é em parte por isso que ele é tão atraído pelo surfe, onde a mente se dobra para o corpo e, por um momento, se está em sintonia com as ondas. É também por isso que ele está trabalhando tão intensamente, somando 22 filmes desde o primeiro Thor. Descobri que a maior parte dos nossos problemas são criados pelo tédio, quando estamos sentados e não temos mais nada em que pensar a não ser: “Oh, o que é que eu posso analisar aqui, o que é que posso avaliar e criticar dentro de mim?'”, diz Hemsworth. Ter tempo livre nos últimos meses nem sempre tem sido uma experiência agradável nesse aspeto. “De repente, surgiram muitas perguntas às quais provavelmente não respondi… Tenho andado convenientemente distraído e, de repente, é como se dissesse: ‘Oh, vamos olhar um pouco mais fundo'”. Quais eram essas perguntas? “Nada muito dramático”, diz Hemsworth. Sabe, apenas as mais simples: “Quem sou eu? O que estou fazendo? Qual é a minha contribuição para o mundo? O que estou a fazer tem valor?”.

No início do dia, estávamos sentados dentro do restaurante favorito de Hemsworth no Crown Sydney, o elegante hotel à beira do porto onde ficou hospedado durante as filmagens da prequela de Estrada da Fúria, Furiosa, em 2022.. Apesar do lugar ser de vidro por todos os lados, como um aquário requintado, encontramos um canto sossegado no andar de cima, onde Hemsworth se senta confortavelmente no isolamento, de frente para a água. Hemsworth pessoalmente é tão alto quanto aparece na tela, não tão musculoso, mas ainda assim simples e despretensiosamente bonito. Ele chega de jeans preto e um suéter azul do mesmo tom dos olhos, e pede um steak tartare italiano, duas saladas, focaccia e uma enorme Cotoletta Milanese [vitela na farinha de rosca] para dividir. “Gosto de fazer isso”, diz ele, gesticulando entre nós, “uma conversa real com alguém”. Ele acha as entrevistas na televisão difíceis. “É ao vivo, você tem 90 segundos para ser interessante, charmoso, vender o filme e não dizer nada estúpido ou ofensivo. Oh Deus”; Ele se encolhe, rindo.

Hemsworth é alguém que quer ser amado. Não é uma tarefa difícil; ele é familiar, modesto e muito engraçado, mas é sua honestidade – aberta e desarmante – que mais o cativa. Ele pede desculpas algumas vezes por se repetir, mas é óbvio que as perguntas que Hemsworth tem feito a si mesmo nos últimos meses estão em sua mente, e nossa conversa volta a elas repetidamente. Quem sou eu? O que eu estou fazendo? Qual é a minha contribuição? O que estou fazendo tem valor?

Faz pouco mais de uma década desde que Hemsworth apareceu em nossas telas como Thor, como se tivesse ganhado na loteria genética. Charme à prova de armas, sem perseguição. “Quer dizer, ele é como um deus, certo?”, diz Joe Russo, que o dirigiu em dois filmes dos Vingadores e foi roteirista dos dois filmes de Resgate. “Quando ele entra em uma sala, todo o carisma aponta para Chris Hemsworth”. Hemsworth tinha 25 anos quando conseguiu o papel. (“Marvel joga o dado e lança um ator desconhecido para Thor”, dizia uma manchete). A aposta valeu a pena: desde então, ele interpretou o personagem em oito filmes e se tornou um modelo para a capacidade da Marvel em pegar um ator menos conhecido e transformá-los em uma megastar global.

Hemsworth é bom em interpretar o mocinho. Mas ele é ótimo em interpretar o bandido, um truque cinematográfico que ainda é uma delícia em tudo, desde Spiderhead a Maus Momentos no Hotel Royale e, de forma emocionante, em Furiosa do próximo ano. “Há muitas dimensões nele”, concorda o diretor de Furiosa, George Miller. “Ele pode fazer qualquer coisa”. O ponto forte de Hemsworth é quando o bem e o mal colidem, como acontece na série Resgate, na qual ele interpreta o mercenário aparentemente indestrutível e cheio de culpa Tyler Rake. O primeiro Resgate é um dos filmes da Netflix mais assistidos de todos os tempos e uma sequência chega neste verão. Ambos são dirigidos por Sam Hargrave, que conheceu Hemsworth em sua qualidade de dublê de Chris Evans em Vingadores. “Nunca me deparei com um desafio que ele não estivesse disposto a enfrentar”, diz Hargrave. Em Resgate 2, isso incluía ser repetidamente incendiado. “Quando lhe propus isso – que incluía pegar foto e sem usar CGI – ele meio que olhou para mim de lado, sorriu e disse: ‘Parece incrível, cara’”, ri Hargrave. (Ele apaga as chamas dando um murro na cara de um capanga; segurança contra incêndios, ao estilo de Hemsworth).

Hemsworth sempre foi um ator físico. Ele se jogou de telhados (em Resgate, várias vezes) em tanques (12 Strong) e baleias (No Coração do Mar) e em Charlize Theron, em dois filmes separados do O Caçador. Mas a fisicalidade também é a maneira como ele entende a própria atuação. Ele já sonhou em ser um jogador profissional de futebol australiano e, quando fala sobre trabalho, sua linguagem está repleta de terminologia esportiva. (“Dia de jogo”; “no campo”; “você não está tentando vencer a corrida, você é a corrida”).

“Há uma grande sobreposição entre atores e atletas”, sugere Miller. Ambos, explica ele, exigem uma combinação de talento inato e prática intensa. “A chave para isso é: no momento da performance, tendo feito todo aquele trabalho duro, você precisa ser capaz de simplesmente se entregar ao momento. É isso que eu vejo, não só no trabalho do Chris, mas também quando o conheci e percebi o que ele pensa sobre o mundo”.

Os filmes Resgate fizeram Hemsworth se sentir um atleta, exigindo de uma forma diferente dos filmes da Marvel. “Thor exigia que eu entrasse e olhasse de uma certa maneira, e era principalmente, uma espécie de trabalho corporal estético, enquanto isso, era necessário um atletismo muito maior”, diz ele. O destaque de Resgate 2 é uma sequência de 21 minutos, estilizado para parecer uma única tomada – é quase o dobro da duração do primeiro filme – em que Hemsworth faz acrobacias cada vez mais insanas, como escalar em cima de um trem em movimento para derrubar um helicóptero. Hemsworth descreve acertá-lo como “chutar o gol da vitória em um jogo de futebol”. É uma comparação correta. Como Hargrave coloca: “Nesses plano-sequência, você não está apenas fazendo ação. Você está fazendo ação e atuando. Ele traz todos os truques para o set todos os dias, e isso é muito para um ator. Ele trouxe um nível de intensidade e profissionalismo que poucos atores podem igualar”.

O treinamento de acrobacias é ótimo, diz Hemsworth, para não pensar em mais nada além do que está bem na sua frente: correr, pular, apagar o fogo, repetir. Como o surfe, é outra maneira de Hemsworth acalmar sua mente turbulenta. “Saímos da nossa cabeça e entramos no nosso corpo a mil por cento. Você está aqui presente, neste momento”, explica.

Aprender a deixar ir tem sido o trabalho de uma década. “É o maior obstáculo e algo com o qual tive muitos problemas no início da minha carreira”, admite. Quando Hemsworth era aquele jovem de 19 anos em Mona Vale, apenas começando, “havia tanta pressão que eu colocava em mim mesmo, sobre o que eu queria fazer e o quão bom eu queria ser”. Agora, sua abordagem é mais ou menos assim: “A única maneira de encontrar a mágica, ou os momentos realmente especiais, é apenas aceitar o fato de que pode não funcionar. E isso não significa que você não se importa, eu me importo com isso mais do que qualquer coisa. Mas você precisa se render ao processo e perceber que, ‘olha, eu fiz minha parte e o resultado disso está além do meu controle'”.

Ainda assim, ele se irrita quando pergunto sobre as críticas à Marvel feitas por cineastas como Martin Scorsese e Quentin Tarantino, que recentemente questionaram se os atores da Marvel são realmente estrelas de cinema. (Em uma entrevista em podcast no ano passado, Tarantino disse que os personagens, não os atores, são as estrelas). “É muito deprimente quando ouço isso”, diz Hemsworth. “Lá se vão dois dos meus heróis com quem não vou trabalhar. Acho que eles não são meus fãs”. Do jeito que Hemsworth vê, os filmes da Marvel serviram a um propósito importante. “Sou grato por ter feito parte de algo que manteve as pessoas nos cinemas. Agora, se esses filmes foram ou não em detrimento de outros filmes, eu não sei”, diz ele. “Não gosto quando a gente começa a se escrutinar quando há tanta fragilidade no negócio e nesse espaço das artes como está acontecendo… Digo isso menos para os diretores que fizeram esses comentários, que todos, aliás continuam sendo, meus heróis, e em um piscar de olhos eu toparia trabalhar com qualquer um deles. Mas eu digo isso mais para a opinião mais ampla sobre esse tópico”.

Ele suspira. “Acho que nenhum de nós tem a resposta, mas estamos tentando”.

Todo mundo é um crítico hoje em dia. Até os amigos dos filhos de Hemsworth estavam envolvidos com sua mais recente oferta da Marvel, Thor: Amor e Trovão. Eles não se seguraram. “É um bando de crianças de oito anos criticando meu filme: ‘Achamos que este tinha muito humor, a ação era legal, mas os efeitos visuais não eram tão bons’”, lembra ele. “Eu me encolho e rio igualmente disso”. Lançado em 2022, Amor e Trovão foi um sucesso de bilheteria, mas recebeu críticas mistas dos críticos (adultos). “Acho que nos divertimos demais. Tornou-se muito bobo”, reflete Hemsworth. Ele faz uma pausa. “É sempre difícil estar no centro de tudo e ter uma perspectiva real… Adoro o processo, é sempre uma viagem. Mas você simplesmente não sabe como as pessoas vão responder”.

Hemsworth cresceu no canto sudeste da Austrália, em Victoria, primeiro na cidade de Melbourne e depois a duas horas da cidade, Phillip Island, onde o surf é lendário. (“Vou lhe dizer uma coisa: se você aprender a surfar no oceano do sul, com certeza será um pouco mais resistente do que nós, caras da costa leste”, observa Cox).

Hemsworth surfava na maioria dos fins de semana com seus irmãos, os atores Luke e Liam e seu pai Craig. “Era só nisso que eu pensava durante toda a semana”, diz Hemsworth. “Eu realmente não tive muita vida social durante o ensino médio. Eu era de sair muito para festas. Tudo o que eu queria fazer era surfar e assistir a filmes. Isso me manteve longe de problemas, eu acho”.

Quando Luke conseguiu um emprego em uma loja de surf, Chris também conseguiu. Mas o salário não era bom, “apenas cerca de cinco, seis dólares por hora”, diz ele, que nunca conseguiu comparar uma prancha para si mesmo. “Todas as pranchas de surf que tinha eram em segunda mão ou algo que comprei numa venda de garagem”. Agora, não consegue se conter: tem cerca de 15 em casa. Ele dá de ombros. “Existem vícios muito piores por aí”.

Hemsworth também seguiu Luke como ator. “Ele fazia um curso de atuação em cinema e televisão uma vez por semana depois da escola”, lembra Hemsworth. “Eu pensei, isso parece divertido! E assim que o fiz, tornou-se uma obsessão”. Havia duas motivações que o moviam: “Meus pais não tinham muito dinheiro. Como posso tirá-los dessa situação de ônus financeiro e como posso não estar nessa situação?”, ele explica. Mas o verdadeiro motivo é que ele adora brincar. “Continuamente explorando a criança interior dentro de mim que adorava brincar de se fantasiar no quintal com seus irmãos… Eu não queria sentar atrás de uma mesa e fazer a mesma coisa todos os dias, repetidamente. Eu queria estar em uma aventura”.

A aventura já dura mais de duas décadas. Hemsworth tem um aniversário marcante em alguns meses. “Acho que não quero fazer 40 anos”, ele admite. “Ainda sinto que tenho 25 anos e muito tempo pela frente. Agora eu estou tipo, ‘Oh, eu poderia estar no meio do caminho. Mais da metade do caminho’”.

Ainda há muito tempo, eu digo. “É muito tempo”, ele concorda e dá uma pausa. “Se eu chegar lá! A realidade de ‘eu não vou ficar aqui para sempre’ está batendo”.

Ele pensou muito sobre isso em janeiro, quando recebeu a notícia de seu colega de elenco em Vingadores, Jeremy Renner, que ficou gravemente ferido em um acidente com um limpa-neve. “Estávamos todos em nosso grupo de mensagem dos Vingadores, estávamos todos conversando. E foi uma loucura. Nenhum de nós realmente sabia o quão sério era”, diz Hemsworth. “Acho que qualquer coisa assim, é uma percepção imediata de ‘uau, qualquer um de nós pode partir a qualquer momento…’”, ele para.

No restaurante, nosso almoço chegou. Hemsworth empurra bife tártaro para seu prato. “Estamos chegando à idade em que começaremos a perder as pessoas que amamos”.

É então que Hemsworth me diz que o seu avô morreu recentemente.

“Sinto muito”, eu digo.

“Está tudo bem”, ele responde, sorrindo tristemente.

O avô de Hemsworth, Martin, tinha 93 anos e sofria de Alzheimer. Durante a produção de Limitless, Hemsworth descobriu que tem duas cópias do gene APOE4, indicando que ele pode ter de oito a 12 vezes o risco médio de herdar a doença. Hemsworth se lembra de todos no funeral falando sobre seu avô com tanto respeito. “Meu tio disse especificamente, dizendo: ‘Ele é lembrado como um bom sujeito’. E se ele soubesse, ou se alguém dissesse a ele que seria assim que ele seria lembrado, quão incrivelmente orgulhoso ele se sentiria”.

“Isso me fez pensar sobre minha própria vida”, admite Hemsworth. “E não era sobre carreira nem nada do tipo. Tratava-se de ser lembrado como alguém que foi bom e gentil e contribuiu com algo de valor… Certamente não penso nos filmes que vou deixar para trás e como as pessoas vão se lembrar de mim nesse sentido. Espero que as pessoas pensem em mim com carinho e que eu tenha sido uma boa pessoa. Que eu era um cara legal. Assim como meu avô”.

Enquanto cresciam, os irmãos Hemsworth passavam muitas tardes na casa dos avós enquanto os pais trabalhavam. “Parecia tão grande. Minha lembrança disso era esta casa enorme”, diz Hemsworth, mas a realidade era mais realista: dois quartos, um dos quais tinha sido dividido ao meio. “Eu ri disso com meu irmão outro dia. Não precisamos de muito, não é mesmo? Você pode se enganar pensando que mais é, de alguma forma, a resposta para a felicidade”. Ele pega o telefone e me mostra um vídeo caseiro de sua infância: uma criança loira sentada no colo de sua mãe, seu avô vindo da varanda dos fundos em direção a eles. Hemsworth se lembra dele como um homem que nunca ficava bravo, que cozinhava suas salsichas na churrasqueira até ficarem pretas. Hemsworth o levou em uma turnê global de imprensa para o primeiro filme de Thor, na primeira classe e tudo. “Lembro-me de pensar: ‘Mal posso esperar para ver a cara dele. Ele vai gostar muito disto. E ele tinha o mesmo olhar de apreciação e felicidade no rosto que tinha quando estava cozinhando as salsichas queimadas no quintal. Para ele, era tudo a mesma coisa”.

Ultimamente, Hemsworth tem pensado mais sobre o tempo e a sua passagem. “Agora tudo tem mais importância”, explica. “Por causa da percepção de que isso não vai durar para sempre”. Isso inclui o trabalho. “Não quero deixar uma pilha de lixo para trás”, diz Hemsworth. “E estou ciente de que há alguns erros aí”.

Como o que?

“A internet vai te dizer”.

Por isso, começou a buscar novos desafios. Dirigir, talvez. “Eu penso muito sobre isso, e recentemente, mais do que nunca”. Ele falou com um amigo de um amigo sobre isso – o amigo é Matt Damon, o amigo do amigo é Ben Affleck – que compartilhou que atuar em um filme que você também está dirigindo pode ser cansativo. “Ben disse que é realmente complicado”, diz Hemsworth. “É muito mais fácil apenas sentar atrás da câmera do que tentar fazer as duas coisas”. Ele ainda quer atuar em um drama romântico. (Ele chegou perto recentemente com um filme do tipo Nasce Uma Estrela, até que percebeu que exigiria que ele cantasse cerca de 20 covers de algumas das canções mais icônicas de todos os tempos. “Isso me assusta demais para chegar ao ponto de me submeter”).

Pela primeira vez desde que sua carreira decolou para valer, Hemsworth não sabe o que virá a seguir. “Nos últimos 12 anos, tenho o meu próximo trabalho reservado com dois ou três anos de antecedência”, diz ele. Hoje em dia ele se pergunta: se o trabalho vai afastá-lo da família, o que ele ganha com isso? “Tem que ser mais do que uma mudança de carreira”, diz ele. Tem que ser algo “digno do meu tempo”

Isso ainda pode incluir mais filmes de Thor. “Eu amo a experiência”, ele começa. “Adoro o fato de ter conseguido fazer algo bastante diferente ao longo do processo. Thor 1 e 2 eram coisas únicas, Thor 3 e 4 eram uma sensação muito diferente… e até Vingadores, o Lebowski Thor, o Thor de Guerra Infinita, devido a diferentes diretores e acho que principalmente minha própria necessidade de fazer algo diferente. Você sabe, eu enjoei do personagem rapidamente de dois em dois anos”, ele ri.

Russo elogia o timing cômico de Hemsworth, cada vez mais em exibição à medida que a franquia evoluiu. “Ele é um dos atores mais engraçados com quem já trabalhamos, ele é muito talentoso”, diz Russo. “Você vê isso em Thor em Guerra Infinita e Ultimato… É muito difícil fazer o que ele fez nesses filmes, porque ele é ridículo às vezes e totalmente trágico”. A mudança de velocidade cómica foi algo que Hemsworth apreciava; ele precisaria de outro se quisesse voltar. “Se eu fosse fazer algo de novo, teria que ser diferente em termos de tom. E teríamos que fazer algo muito drástico para manter as pessoas interessadas. Caso contrário, é apenas o cansaço desses personagens e desses filmes, onde as pessoas dizem: ‘Eu já vi'”.

Falamos um pouco sobre a Marvel. Ele viu Pântera Negra: Wakanda Para Sempre – “muito legal” – mas não viu Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. Ele pergunta o que eu achei do filme e está interessado na minha opinião, que é basicamente: por que eles tiveram que torná-lo tão grande? “Esse é o truque: você precisa separar todas essas histórias”, responde Hemsworth. “No momento em que é tipo…” – ele faz sua melhor voz de trailer – “’Seu mundo está em perigo, o universo inteiro!’ É como, ‘Sim, então [foram] os últimos 24 filmes’. Tem que se tornar um pouco mais pessoal e fundamentado”. Ele está sempre aberto a retornar a Thor, “vendo o que eles têm a oferecer criativamente, se houver algo novo” para o personagem. “Mas eu realmente quero fazer outras coisas por um tempo”.

Como Furiosa, com lançamento previsto para o ano que vem, a prequela de Miller para Mad Max: Estrada da Fúria, seu filme seis vezes vencedora do Oscar. Hemsworth interpreta um senhor da guerra motociclista barbudo chamado, espectacularmente, Dementus. “Cheguei ao filme exausto. Pensei: ‘Como vou aguentar isso?’”, admite Hemsworth. “Na primeira semana de ensaios com [Miller], de repente foi esse o reacender da minha energia criativa”. Foi “de longe a melhor experiência da minha carreira e algo de que mais me orgulho. Isso me fez pensar que não é o trabalho que é cansativo, mas sim o tipo de trabalho, o quanto estou investido nele e se é desafiador da maneira certa”, diz Chris. Ele chama Miller de “magistral”. “Estou em busca de mais George Millers. Ou mais de George Miller. Se ele me aceitar”, sorri Hemsworth.

Quando digo isso para Miller, ele ri com prazer. “Claro! Seria uma emoção. Simplesmente não há dúvida”, diz ele. Ele elogia a dedicação e precisão de Hemsworth. “Sempre preparado, por mais difícil que seja a cena, sempre trabalhando muito. Não há distrações, muito focado”. Mas ele também menciona a presença de Hemsworth no set. “Ele fará tudo o que for necessário para fazer o filme da melhor maneira possível. Ele trabalhará com outros atores, mesmo em papéis menores, e se relacionará com eles. Se há algum problema e as produções às vezes podem ser complicadas, é ele quem, pelo exemplo, consegue acalmar as coisas”, acrescenta Miller. “Todos nós conhecemos pessoas, em ambos os lados da câmera, que parecem desvendar quanto mais poder e fama ganham, e Chris é a antítese disso”.

O que significa ser uma boa pessoa? Um homem poderia passar a vida respondendo a essa pergunta. Isso significa que você é um bom marido? Um bom parceiro? Hemsworth é casado há mais de uma década com a atriz Elsa Pataky. “Passa tão rápido”, sorri Hemsworth. “Como tudo. Tivemos filhos na mesma altura em que a minha carreira decolava, na mesma época em que nos casamos, na mesma época em que estávamos nos conhecendo. Parece que nos conhecemos no meio do nosso relacionamento, cinco, seis anos atrás. De uma forma bonita. Depois que nossos filhos deixaram de usar fraldas, as coisas ficaram um pouco mais fáceis de administrar.” A parceria deles é sólida como uma rocha, alicerçada na amizade e na vontade de “se divertir, rir e se envolver em novas aventuras”. É também, Hemsworth admite, o que o permitiu ser quem ele é: “Seu sacrifício, compromisso, trabalho, apoio, perdão – tudo o que ela me deu ao longo dos anos foi incrível. Eu não poderia ter feito nenhuma das coisas que fiz sem ela”.

Juntos, eles têm três filhos: a filha India e os gêmeos Tristan e Sasha. “Ele é um homem de família muito dedicado”, observa Russo. “Admiro isso nele”. Seus filhos nasceram nos anos que Hemsworth descreveu no emocionante episódio final de Limitless como se estivessem a avançar rapidamente. “Desde que estreou Thor até uns dois anos atrás”, explica ele. “Eu ia de um filme para outro, não sabia se o telefone ia parar de tocar. Passei tantos anos pensando: será que vou conseguir? E uma vez que começa a rolar, você fica tipo, eu não quero sair deste trem. Essa pode ser minha única chance. Hemsworth sentiu como se estivesse correndo uma corrida interminável. “Todos esses belos momentos passaram voando rapidamente por mim”. Essa percepção, que se cristalizou durante a criação de Limitless, foi confrontadora. “Isso me fez querer encerrar aquela série e voltar e ver minha família”, ele admite. “E foi isso que eu fiz”.

Então, ele foi para casa na bela Byron Bay. Ele surfou. Ele levava os filhos para a escola. Ele levou seus filhos para surfar. Ele pensou nas questões sobre as quais tem pensado, de uma forma ou de outra, nos últimos 20 anos. Quem sou eu? O que eu estou fazendo? Qual é a minha contribuição? O que estou fazendo tem valor? Ele encontrou as respostas? “Sim”, ele responde. “A busca em si é parte do problema. A constante necessidade de uma resposta e uma solução. Tudo bem não saber, ou apenas aceitar o fato de que a única certeza é a inconsistência e a mudança”. Agora, ele está tentando abraçar essa incerteza e viver o momento. Algo que ele quer fazer, que realmente está se esforçando ao máximo para fazer, é viver sua vida como se tudo fosse pela última vez. Cada filme pode ser o último, cada onda a última onda que surfou.

Então, em casa nos últimos meses, com Hollywood a mais de 11.000 quilômetros de distância, é isso que Hemsworth tem feito. Se as ondas estão boas, ele pega sua prancha e rema direto para o oceano. À noite, quando coloca as crianças para dormir, ele tenta apertar o botão de pausa. “Há noites em que eu fico tipo, ‘Apenas vá dormir’”, ele resmunga. “Ou quando os três [filhos] querem dormir na cama e nós pensamos: ‘Só queremos uma noite sozinhos’”. Mas em alguns anos, eles não farão mais isso, ele aponta. “Eles não vão mais pular em cima de nós, nos abraçando, beijando e tudo da mesma forma que fazem agora. Isso para mim é uma verdadeira bofetada no momento, só para o absorver”.

Um de seus filhos decidiu recentemente que quer ler histórias de ninar para seu pai. “Na outra noite, eu estava olhando para ele dizendo: Isso é a coisa mais linda, e quantas vezes mais isso vai acontecer?”. Esses anos são os anos de ouro, mas são passageiros. O tempo é precioso e, uma vez que ele se foi, você nunca mais o recuperará. Hemsworth não quer deixar passar mais uma década avançando rápido. “Sim, é assustador e aterrorizante, a consciência de que o relógio está correndo”, diz ele. “Mas vou aproveitar cada momento”.



Na sua passagem pelo Brasil, Chris Hemsworth vai participar do podcast PodPah, um dos mais famosos e maiores do Brasil. A conta oficial do programa anunciou ontem em suas redes sociais que o ator estará no programa na próxima sexta-feira, dia 16/06, às 19h. A entrevista é parte da promoção de “Resgate 2”, próximo filme do ator da Netflix.

Na agenda da semana, o podcast ainda descreveu Chris Hemsworth como “o ator mais bonito do mundo”.

A transmissão será feita pelo canal do youtube do PodPah e pode ser acompanhada aqui.



Dia 06/12 aconteceu a edição de 2022 do People’s Choice Awards, premiação baseada na indicação e votação pública dos fãs. Nesta edição, Chris Hemsworth concorria em duas categorias e “Thor: Amor e Trovão” em outras duas, como anunciamos nesse post aqui.

Das 4, Chris Hemsworth ganhou na categoria de The Male Movie Star of 2022 (Estrela Masculina de Cinema de 2022) por Thor: Amor e Trovão! Na categoria também concorriam Brad Pitt, Chris Pratt, Daniel Kaluuya, Dwayne Johnson, Miles Teller, Ryan Reynolds e Tom Cruise. Este é o terceiro prêmio do People’s Choice Awards que Chris Hemsworth ganha.

Chris não foi pessoalmente à premiação, mas enviou um vídeo agradecendo o prêmio:

“Oi pessoal. Muito obrigado por esse prêmio. Sinto muito que não pude estar aí pessoalmente. Eu amo o que eu faço. Amo meu trabalho, também é minha paixão. É um sonho se tornando realidade e nada disso é possível sem seu apoio. Não se passa um dia sem que eu sinta um senso profundo de gratidão. E obrigado a todos vocês, a audiência, aos fãs, por tornarem isso possível. Não estaria aqui sem vocês. Tenham uma ótima noite. Amo vocês.”, disse Chris Hemsworth em discurso de agradecimento que foi transmitido durante a premiação.

Confira a lista completa de ganhadores clicando aqui.



No dia 16 de Novembro foi lançada a série Limitless (Sem Limites) do Disney+, na qual Chris Hemsworth explora diversas técnicas e pesquisas para ter uma vida mais longa e saudável. A série documental é do National Geographic e teve o acompanhamento de diversos pesquisadores de múltiplas áreas.

Porém, durante a gravação da série (entre excursões para o Ártico e escalar uma corda sobre o penhasco), Chris Hemsworth teve uma surpresa não muito agradável. Chris recebeu o diagnóstico de que possui uma mutação que aumenta as chances dele ter Alzheimer. Isso porque o ator possui duas cópias de um gene ligado à doença, o APOE4. Um dos episódios da série se chama “Memória” e provavelmente por isso ele fez o teste.


Cena do episódio “Memory” da série Limitles.

A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenarativo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

Segundo o “Tratado de Neurologia” da Academia Brasileira de Neurologia, a grande maioria dos casos é de ocorrência esporádica. Ocorrências familiares, em que há padrão de herança autossômica dominante (caso de Hemsworth), representam menos de 5% do total de casos das doenças, enquanto as de ocorrência esporádicas representam aproximadamente 95% dos casos diagnosticados até os dias atuais.

Antes de mais nada é preciso deixar muito claro: Chris Hemwsorth NÃO tem Alzheimer. De acordo com o neurologista Raphael Spera, especialista em neurologia cognitiva e do comportamento e membro titular da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), o risco é algo com que se preocupar, mas não é um diagnóstico definitivo.


Quer dizer que Chris Hemsworth tem Alzheimer?


Cena do episódio “Memory” da série Limitles.

O APOE4 é uma mutação que aumenta o risco de desenvolver a doença entre três a quatro vezes. No entanto, para quem tem duas cópias desse gene, como é o caso de Hemsworth, o risco aumenta de oito a doze vezes. Porém, não é uma sentença, e sim uma probabilidade. Não quer dizer que a pessoa portadora do APOE4 (sendo uma ou duas cópias) desenvolverá a doença.


Como Hemsworth está lidando com a notícia?

É claro que essa não é qualquer notícia e, em entrevista à Vanity Fair, Hemsworth contou que a descoberta trouxe algumas inseguranças.

“Eu tinha um monte de perguntas, mas ninguém as respondeu. Eu gostaria de ter feito um acompanhamento mais intenso porque realmente não sabia o que pensar. Eu estava tipo: ‘Eu deveria estar preocupado? Isso é preocupante?’”, contou.

Na mesma entrevista, Chris também contou que já teve casos de Alzheimer na família, como o de seu avô.

“Não tenho certeza se ele ainda se lembra muito. Ele entra e sai do holandês, que é sua língua original”.


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Cena do episódio “Memory” da série Limitles.

No entanto, segundo matéria do R7, ter um parente próximo não impacta tanto no risco de desenvolvimento da doença. Os casos familiares só se tornam preocupantes quando há ao menos dois familiares de primeiro grau, com menos de 65 anos e de gerações consecutivas (pai e filho, por exemplo), diagnosticados com Alzheimer.

Ainda de acordo com a matéria, o que determina de forma mais precisa a possibilidade de ter ou não a doença são os fatores de risco. Pessoas hipertensas, diabéticas, analfabetas, sedentárias, com déficit auditivo não corrigido ou com alguma dificuldade visual, por exemplo, estão incluídas no grupo mais propenso ao Alzheimer.


Cena do episódio “Memory” da série Limitles.

Como prevenir?

Sabe-se atualmente que a principal estratégia para prevenir o Alzheimer é cuidar bem da saúde, tanto corporal quanto mental. Alguns estudos apontam fatores que podem ajudar na prevenção, embora não sejam garantia de total prevenção da doença. São elas:

  • Fazer exercícios físicos e mentais regulares, como uma caminhada ou xadrez;
  • Manter uma boa saúde da microbiota intestinal, no qual desempenha um papel fundamente na saúde de diversas doenças;
  • Além disso, manter uma mente sempre ativa, podendo ser através de exercícios visuais, jogos eletrônicos, quebra-cabeças, aprender um novo idioma ou instrumento musical.



Thor: Amor e Trovão com certeza tem muitas cenas incríveis e inesperadas, mas uma das coisas que chamam bastante atenção nesse filme está além da trama. Os músculos de Chris Hemsworth, embora sempre elogiados em qualquer filme da Marvel, dessa vez superaram qualquer expectativa.

Taika Waititi, diretor e co-roteirista, garante que é tudo natural em matéria do USA Today, “É bizarro o quanto Chris ficou grande pra isso. Ele já é enorme, mas quando eu vi os braços dele, estavam duas vezes maiores que o normal, do tamanho da minha cabeça. Treinadores e tal estão me perguntando, ‘Como ele faz isso?’, Mas é tudo natural.”

Hemsworth atribui o tamanho dos seus músculos ao tédio do lockdown durante a Pandemia de COVID-19, “Veio do tédio, ficar sentado no lockdown de COVID era tipo uma prisão,” diz Chris cuja rotina incluía nadar, artes marciais, levantamento de peso e 6.000 calorias por dia para atingir a maravilha asgardiana. “Era treinar, comer, treinar, comer. Nada mais pra fazer. Então eu fiquei maior do que nunca pra esse filme.”



Mas nem todo mundo gostou, como a esposa de Hemsworth, Elsa Pataky, “Minha esposa falou tipo, ‘Bleh, é demais,'” Diz Hemsworth. “Tiveram muitos amigos homens meus que ficaram tipo, ‘Isso!’ mas muitas das minhas amigas mulheres e família foram tipo, ‘Cruzes.'”

Apesar de incrível, o físico de Thor: Amor e Trovão acabou sendo um tiro no pé para Hemsworth, que viu no que tinha se metido quando um amigo comentou que ele ainda teria que manter aquele físico por toda a gravação.

“Eu fiquei tipo, ‘Ah, éeeeee, você ta certo. Uma coisa foi comer e treinar aquilo tudo e depois dormir o dia todo. Fazer isso e filmar por 12 horas foi diferente. Foi horrível. Não farei de novo. Eles podem me dar um traje musculoso chique da próxima fez. Cansei.”



Thor: Amor e Trovão acompanha Thor na busca pela paz e autoconhecimento, uma busca que é interrompida por Gorr – o Carniceiro dos Deuses – e sua ameaça de matar todas as divindades do universo. Para detê-lo, Thor se junto à Valquíria, Korg e a ex-namorada Jane Foster, que não só empunha o Mjölnir como também o coração de Thor.


O quarto filme do Deus do Trovão cumpre o que prometeu nos trailers e campanha de divulgação. Assim como Taika Waititi – diretor e co-roteirista – categorizou: É uma comédia romântica. Um sopro refrescante no universo já um tanto saturado dos super-heróis, onde novas abordagens do tema são muito bem-vindas, embora as vezes pareçam absurdas. Aqui claramente não existia “ideia ruim”, assim como limites para Waititi.


Dando continuidade aos eventos de “Vingadores: Ultimato” e à superação da depressão de Thor, “Amor e Trovão” é mais introspectivo que seu antecessor “Thor: Ragnarok”, tendo momentos mais densos e emotivos e tratando assuntos delicados com a seriedade que eles merecem. Claro, o humor debochado e muitas vezes ridículo – brincando com o próprio gênero – ainda estão lá, mas dessa vez nos aprofundamos mais nos sentimentos e em quem é o Thor para além do Deus do Trovão e herói.

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Porém, se “Amor e Trovão” herda coisas boas de “Ragnarok”, também herda alguns pontos fracos, como os primeiros 30 minutos do filme que são corridos e acabam se atropelando, sem dar muito tempo para o expectador absorver os acontecimentos. Essa correria é ainda mais latente na introdução de Gorr, que é curta e muito explicativa, embora suas motivações ainda sejam muito reais e palpáveis, o que gera empatia do expectador para com o vilão e não o reduz a “ser mau”.


Quando se fala de Gorr, é impossível não destacar a atuação de Christian Bale. Embora o vilão tenha sido o que mais sofreu adaptações em relação a sua versão original dos quadrinhos, Bale consegue trazer nuances ao personagem com sua postura, trejeitos e forma de falar que causam arrepios e talvez pesadelos nas crianças. A forma humanizada do personagem, diferente da original mais alienígena, deixa tudo mais sinistro. Um verdadeiro monge amaldiçoado que, com suas sombras, seu desejo por vingança e seu ódio, serve de contraponto para as cores e o amor entre os personagens principais.

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E o amor aqui aparece das mais variadas formas, seja ele romântico ou fraterno. É ótimo acompanhar a relação de Jane e Valquíria que formam uma dupla quase tão boa como Jane e Thor. Natalie Portman realmente consegue recuperar o baque sofrido dos dois primeiros filmes e faz Jane se tornar uma personagem interessante, forte e que muitos vão se identificar em vários níveis. Sua determinação é imensa e seu bom humor também. Sem falar nos novos poderes e nas formas inovadoras que o filme encontra de usar o martelo já manjado dos outros filmes.


Chris Hemsworth (Thor) e Tessa Thompson (Valquíria), continuam o bom trabalho iniciado em Ragnarok. Apesar da Poderosa Thor de Jane ser a grande novidade, Thor não é ofuscado e consegue se destacar principalmente nas cenas de luta – que são muito bem coreografadas e bonitas – e em seus conflitos internos, além de reforçar que não é somente o “deus dos martelos”. Aqui vemos ainda mais camadas de Thor que sequer esperávamos. Valquíria, no entanto, poderia ter sido ainda mais explorada e as vezes perde um pouco a autoridade de Rei para Thor, sendo mais um personagem de suporte. No fim das contas, Thor e Jane lideram o filme, como esperado.


Apesar do filme “esquecer” algumas vezes que ainda é um filme de herói e deixar o fator “consequência” um pouco de lado em meio a sua loucura, “Thor: Amor e Trovão” é um bom filme! Uma farofa harmonizada que te fará rir, mas também vai encher seus olhos de lágrimas e te lembrar que, por mais piegas que possa parecer, todos precisam de amor.


Meu conselho? Assista esse filme de coração aberto, não leve tudo tão a sério e permita-se sentir!


Nota: 8/10

Thor: Amor e Trovão chega aos cinemas brasileiros dia 07 de Julho.



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