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Continuação do post anterior:

UOL CinemaNão é muito comum alguém ser reprovado em um primeiro teste e depois readmitido para viver o protagonista de uma super-produção estimada em US$ 170 milhões. O que é que Kenneth Branagh viu em você?
Chris Hemsworth: Honestamente, eu não sei. Recentemente me perguntaram a mesma coisa, em uma festa, e minha reação foi a mesma: gente, eu não sei. Fiz o primeiro teste cinco meses antes do início das filmagens. Um teste de câmera, estava em Vancouver, no Canadá, filmando, e mandei de lá mesmo. Mas logo vi que não havia agradado. Estava gripado, caidinho mesmo. Mas alguma coisa boa eu devo ter feito, porque o Kenneth me ligou de novo meses depois, fiz um novo teste, e aí percebemos, os dois, que foi ótimo.

UOL Cinema: É verdade que sua mãe foi quem gravou o segundo vídeo?

Chris Hemsworth: É. Não esperava a segunda oportunidade, tudo tinha de ser para ontem, estávamos neste quarto apertado no décimo – sétimo andar de um apart-hotel em Vancouver, ela se equilibrou em um banquinho da cozinha e começou a gravar. Eu estava encostado na parede, ela ia me dizendo as falas e eu repetindo. Parece mentira, mas deu certo! Preciso agradecer a ela publicamente.

UOL Cinema: Foram quantos takes?

Chris Hemsworth: Não foram tantos assim! (rindo). Cinco ou seis. A gente se divertiu, sabia?

UOL Cinema: E na cena de beijo com a Natalie Portman, que faz seu par romântico no filme, foram quantos takes?

Chris Hemsworth: A mesma coisa, mais ou menos. Mas você sabe, não dá para ter clima, é aquela multidão ao seu lado, gritando. Não me venha com ideias, você…
UOL Cinema: Vamos mudar de assunto. O que você mais o atrai em relação ao Thor? O que ele tem de tão especial para merecer um filme só dele?
Chris Hemsworth: Gosto muito da jornada dele, do menino arrogante que se humaniza ao ser banido para a Terra, para o mundo dos mortais. Confesso que quando assinei o contrato não tinha ideia alguma de que o Thor do Kenneth seria tão arrogante, ou tão vulnerável. Acho que este é o Thor do Kenneth. Conversamos intensamente sobre isso, tive muita liberdade para explorar as facetas de um personagem que só conhecia dos gibis.

UOL Cinema: Quais as principais diferenças entre o Thor do Kenneth, como você batizou seu personagem, e o dos quadrinhos?

Chris Hemsworth: Não há grandes diferenças, nós procuramos ser fiéis ao original da Marvel. O que muda são as motivações do personagem, trabalhamos um pouco mais este aspecto. O relação dele com o pai, Odin (vivido por sir Anthony Hopkins) ganhou um tom específico, por exemplo.

UOL Cinema: Você passou seis meses se dedicando exclusivamente a Thor, antes mesmo de começar a filmar. Como foi este processo, um tanto quanto singular para Hollywood?

Chris Hemsworth: No campo do treinamento físico fiz exercícios de halterofilismo, muito levantamento de peso, musculação. A alimentação mudou muito. No começo estava livre para comer o que queria, desde que fosse em grande quantidade, omeletes de frango e vegetais pela manhã, carne com batatas e vegetais no almoço e no jantar uma combinação de proteínas e carboidratos. Mas descobri que ficava muito cansado com esta dieta livre, aumentando consideravelmente a quantidade de gordura no meu corpo, apesar de todo exercício. Pedi para ver um nutricionista e ele eliminou os carboidratos, aumentou as proteínas, introduziu muitas frutas, e, pimba, chegamos ao corpo do Thor que você vê no filme.

UOL Cinema: Algum prato favorito que você não pôde comer durante este período?

Chris Hemsworth: Sim, uma maldade. Empadão, algo que todo australiano adora, e batata-frita de saquinho. Mas logo fui me acostumando e durante as filmagens nem podia olhar para um hambúrguer, por exemplo, que passava mal.
UOL Cinema: Que bom que você se acostumou com a dieta, pois você voltará a viver Thor logo, não?
Chris Hemsworth: Sim, “Os Vingadores” chega aos cinemas no ano que vem e assinei um contrato que determina claramente que tenho de me manter em forma para as possíveis seqüências, tanto de “Thor” quanto de “Os Vingadores”. Começo a filmar o primeiro “Os Vingadores” em abril. Fiquei preocupado e acabei perdendo peso desde o fim das filmagens de “Thor”, no ano passado. Agora estou em período de engorda.

UOL Cinema: Você acabou de se casar e assinou um contrato que prende você ao Thor por anos a fio. Assinou sem pestanejar?

Chris Hemsworth: Sim. Olhe para a minha carreira. Não estava em posição alguma de negociar termos. Assinei para pagar o aluguel! (risos). Sabia que não precisaria bater em portas, provavelmente, por alguns anos, para trabalhar. Não penso, de qualquer maneira, que caí numa armadilha. Honestamente, estou animadíssimo.
UOL Cinema: Entre um “Thor” e um “Vingadores” você filmou o remake de “Amanhecer Violento”, cujo original contava com Patrick Swayze, Charlie Sheen e C.Thomas Howell, no auge da Era Reagan. Você faz o protagonista, papel que coube a Swayze. Ainda se trata de uma tremenda propaganda anti-comunista, mesmo depois do fim da União Soviética?
Chris Hemsworth: Sim. Mas desta vez os invasores podem ser russos, chineses ou coreanos. Pelo menos não são mencionados no roteiro (risos). O Dan Bradley, em sua estreia na direção, decidiu focar o filme nos jovens que se unem para defender a cidade deles da invasão estrangeira.

UOL Cinema: Você pode falar mais de “Os Vingadores”?

Chris Hemsworth: Não. Desculpe. Só posso dizer que, talvez, quem sabe, os personagens de Thor, não apenas o meu, tenham algo a ver com o início do filme. Mas, por contrato, não posso falar mais nada.

UOL Cinema: Mas alguém me disse que a Marvel já começou a trabalhar nos bonecos, os action figures, dos Vingadores…

Chris Hemsworth: Já. Meu irmão mais velho tem um. Você aperta o botão e ele fala. Meu sobrinho adora! Eu acho estranhíssimo. É hilário. Há algumas versões, algumas parece que eu tenho 17 anos. Ainda.

UOL Cinema: Você chegou a ter dúvidas se Thor seria um personagem tão interessante quanto o Homem de Ferro, por exemplo, que justificasse este investimento todo da Marvel e da Paramount Pictures?

Chris Hemsworth: Ao contrário do Homem de Ferro, Thor é um Deus. É o Poderoso Thor. Pensei sim em como ele se relacionaria com o público, ele não é, afinal, um homem de carne e osso como Tony Stark. Mas sua jornada no filme é humana. É do homem que nasceu no sucesso, foi protegido de todas as maneiras possíveis, e é forçado a ver a vida como ela é, para se tornar um melhor governante um dia. Ele é um personagem que tem a coragem de lidar com as grandes questões do homem adulto – sua relação com os pais, com o irmão (Loki, o vilão da história), o encontro do amor (com a cientista vivida por Natalie Portman). Foi isso que me interessou tanto.

UOL Cinema: A tecnologia toda o incomoda? As cenas que exigiram o uso de imagens digitalizadas por computador, o 3-D?

Chris Hemsworth: Não, porque nada foi exagerado. Filmamos poucas cenas digitalizadas. Lembro de ter usado a tela verde apenas nas cenas das batalhas na Ponte do Arco-Íris (um dos momentos cruciais de “Thor”) e na do começo, com os gigantes azuis (os antípodas dos deuses de Asgard, usados por Loki na tentativa de usurpar o trono de Odin). em outras poucas mais. Os cenários foram todos construídos, e eram fisicamente visíveis, pude interar com eles.

UOL Cinema: As primeiras imagens de Thor causaram um certo frisson. Você foi comparado a Robert Mitchum por uns e celebrado com grande intensidade pelo público gay. Como você vê estas primeiras respostas ao seu trabalho?

Chris Hemsworth: Quanto aos fãs gays, acho ótimo. Quanto mais fãs, mais significativo o meu trabalho, só tenho a agradecer a eles. Sobre Mitchum, o que eu posso dizer? Ele era maravilhoso. Mas a semelhança, se há, hoje, é no fato de que eu o uso como espelho, gostaria de ter a mesma ética que ele teve em Hollywood. Ir além disso seria muita pretensão minha.

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